Curitiba, PR, 1998.
Nos últimos anos, Adão desenvolveu uma relação mais íntima e paradoxalmente também mais intrincada com a pintura. Seus trabalhos transitam por uma marcante atmosfera, que procura no estranho jogo do que se deixa ver e o que se esconde, imagens-elipses. Dentre paisagens desoladas, ruínas aterradas e figuras descoladas de seu contexto, o artista modela uma correlação de partes entre as imagens que passam a compartilhar não somente um sentido, mas parecem sussurrar narrativas; estas, por sua vez, constroem-se pela montagem. A pintura como meio, retoma o exercício do borrão e da mancha, formando com tons de cores de aparência envelhecida, um diálogo frequente com a história da pintura, o que caracteriza um fazer pictórico que busca, além de tudo, uma espécie de arqueologia de si. Por fim, Adão formula uma prática profunda, demonstrando que seu trabalho não se constitui em unicidade, mas sim como forma aberta e permeável.
Adão
Dois abajures, 2024 série Claustro
óleo sobre tela 35 x 25cm
Obrigado pela graça alcançada, 2024 série Claustro
óleo sobre tela 35 x 25cm
O que se furta, 2024 série Claustro
óleo sobre tela 50 x 50cm
Bastiani, 2023 série Arcabouço
óleo sobre madeira 30 x 20cm
Ruína, 2023 série Arcabouço
óleo sobre tela 30 x 40cm
Greta , 2023 série Arcabouço
óleo sobre tela 15 x 20cm
É graduado em Artes Visuais pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Teve sua formação em pintura no Ateliê Oruniyá, no Rio de Janeiro. Frequenta semanalmente os ateliês de gravura no Solar do Barão, em Curitiba. Participa de exposições e feiras regularmente, dentre as quais se destacam: Exposição coletiva Somos Este Tipo de Gente - Museu de Arte Contemporânea do Paraná | PR - 2025; Exposição individual Além-mar - Biblioteca Pública do Paraná | PR - 2023; Exposição coletiva Olho Mágico - Espaço SFCO 179 | PR - 2023; SP-Arte 2024 | ArteFASAM; ArtRio 2024 | ArteFASAM. Suas pinturas integram o acervo público de obras no Museu de Arte do Rio, bem como coleções particulares no Brasil, Polônia e Itália.